segunda-feira, 6 de setembro de 2010

INDICE

  • História do Futebol
  • História do futebol através de imagens
  • Paixão Nacional e Comentário
  • África do sul além da Copa e Comentário
  • Grandes ídolos 
  • Vivências - Comercial da pepsi - copa do mundo 2010
  • Vivências - Atividade Pique Bandeira
  • Analise do Filme - Invictus

A origem do Futebol - Sua história


 INTRODUÇÃO


Hoje em dia, o futebol é o esporte mais popular do mundo. Em praticamente todos os países do mundo ele é praticado e possui ligas e confederações. São bilhões de torcedores em todo o mundo, que torcem pelos seus clubes e por suas seleções nacionais. O evento esportivo mais lucrativo e esperado do mundo é a Copa do Mundo, ocorrida de quatro em quatro anos e acompanhada por mais da metade da população mundial. Esse esporte mundial movimenta quantias imensuráveis de dólares anualmente, devido a contratos televisivos e patrocínios, assim como devido a transação de jogadores. Porém, como tudo, o Futebol teve a sua origem, e teve os seus primeiros anos. Neste trabalho pretendemos mostrar o surgimento do Futebol na Inglaterra do século XIX, e também apresentar o seu processo de massificação na Europa. Além disso, mostraremos o período do surgimento do Futebol no Brasil, país mais reconhecido internacionalmente devido à habilidade e paixão futebolística de seu povo. Faremos um trabalho sobre a origem daquele que podemos chamar de o esporte do Século XX.

AS ORIGENS DO FUTEBOL QUE CONHECEMOS

   O futebol, como esporte moderno, foi criado na Inglaterra do século XIX. Entretanto, muitas pesquisas mostram que o jogo de bola, tanto praticado com os pés como com as mãos é praticado bem anteriormente ao século XIX. Alguns estudiosos dizem que a origem deste esporte está na China, há muitos séculos atrás. Dizem que um "esporte" muito parecido com o futebol era praticado por soldados do Imperador Xeng Ti 25 séculos A.C.. A bola era de pele de animal recheada com ferragens . Colocamos o termo esporte entre aspas pois, como sabemos tal palavra só pode ser empregada após o século XIX, e as atividades físicas do período anterior ao contemporâneo podiam ser consideradas mais como rituais religiosos ou como preparação militar do que esporte.
   Muitos pesquisadores dizem também que o futebol tem origem em um "esporte" praticado na Itália medieval. "Esporte" aliás, que existe até hoje e é praticado anualmente na cidade de Florença. Estamos falando do Calcio. Tal esporte consiste de um jogo entre duas equipes que, em um campo de terra têm que atravessar uma bola até uma área ao final do campo adversário. O jogo pode ser caracterizado como muito violento, pois os ataques físicos entre os jogadores dos dois times são constantes e permitidos. Os italianos acreditam que a origem do futebol está no Calcio, tanto que, na Itália, o futebol como conhecemos é chamado de Gioco Calcio. Assim como o Calcio, na Inglaterra, um jogo era praticado desde mais ou menos o ano de 1300: o Hurling. Tal jogo tinha características muito parecidas com o Calcio, e era também muito violento.
   O Calcio tem características muito parecidas com um esporte que surge na Inglaterra ao mesmo tempo que o futebol: o Rugby. Aliás, podemos dizer que o futebol e o rugby tem uma raiz comum, pois são muito parecidos, e que se dividiram na metade do século XIX na Inglaterra, devido a dissidências na questões das regras entre os participantes. Enquanto o Rugby pode ser jogado com as mão e com os pés, o Football — como o próprio nome diz— só pode ser jogado com os pés, sendo apenas o Keeper que pode pegar a bola com as mãos.
   Entretanto, podemos dizer que desde os mais remotos tempos o homem e a sua sociedade sempre praticaram jogos, ou para se divertirem entre a comunidade, ou como ritual religioso. Tais praticas são aspectos das mais variadas culturas ao redor de todo o mundo. Podemos dizer então que o Futebol nasceu daí. Porém esses jogos não tinham um nome definido e variavam de regiões e regiões da Inglaterra, da Europa e do Mundo. Podemos dizer que, na Inglaterra, berço do Futebol moderno, esses jogos eram praticados pelas camadas populares, que vinham praticando essas atividades culturais há várias gerações. Talvez elas não fossem igual ao Futebol, ao Rugby, mas tinham um objetivo cultural de diversão e ligamento entre os membros da comunidade. Como sabemos, a aristocracia não praticava tais jogos, pois provavelmente os achavam como atos de barbárie, praticados por pessoas sem cultura, além de serem muito violentos. A aristocracia preferia praticar outros jogos, como a equitação, a caça e a esgrima. Esses jogos eram chamados, na Inglaterra do século XVIII e XIX de esportes, e os esportes que conhecemos hoje( ou algo parecido com eles) eram chamados de passatempo .
   Esses jogos populares, no século XIX, começaram a ser praticados, em seus horários livres, pelos alunos das escolas da aristocracia e da alta burguesia inglesa. O colégio de Rugby talvez seja a mais famosa dessas escolas, pois dele saíram as regras do Rugby. O Rugby e o Football eram praticados pelos alunos deste colégio, fazendo com que os diretores dos colégios proibissem a prática dessas atividades, devido ao fato delas serem populares, violentas e "bárbaras". De nada adiantou tal proibição, pois os alunos continuavam praticando esses esportes. Como a repressão a esses jogos não deu muito certo, as questões tiveram que ser resolvidas de outra forma. Já que não parariam de ser praticadas a melhor maneira era de que tais jogos fossem regulamentados. Daí começaram a surgir as regras nesses jogos, criando-se assim as regras do Football e do Rugby, além de outros jogos.
   Porém, tais jogos haviam sido regulamentados apenas nas escolas da elite inglesa. Era preciso regulamentar esses jogos também entre as classes mais "baixas" da sociedade inglesa. O início do século XIX foi o período do ápice da primeira Revolução Industrial na Inglaterra. A classe operária já estava praticamente consolidada e já começava a ter a sua consciência de classe. A classe operária inglesa também praticava esses jogos, principalmente nos horários livres que foram conquistando no processo de conscientização de classe e do movimento operário sindical. Porém, como sabemos, tais jogos eram muito violentos e não tinham regras algumas as vezes. Tal violência do esporte fazia com que a produção do operariado caísse, devido a lesões e cansaços, prejudicando assim o lucro dos grandes patrões da burguesia industrial. Era preciso, assim como foi feito nas escolas, regulamentar esses jogos, para torná-los menos violentos e trazê-los para dentro da esfera do controle do Estado. Tal regulamentação do Football foi expandida, com a ajuda do Estado, para toda a sociedade inglesa. A classe burguesa industrial triunfou, e suas regulamentações esportivas se massificaram, tornado o futebol em um esporte de massa. Além disso, " os burgueses descobriram o futebol como meio de despolitização dos trabalhadores na década de 1860.(...) O objetivo era bem claro. Eles precisavam manter os operários à margem da atividade política dentro de suas organizações de classe" . Podemos perceber que a regulamentação das regras do Futebol, e outros jogos, veio em um momento histórico onde o operariado começa a reivindicar os seus direitos e começavam a se tornar uma classe política. Nada melhor para a burguesia industrial do que controlar, a partir da criação de regras, um jogo em que a maioria proletária praticava.
   Princípios do futebol na Inglaterra, séc. XIX Enfim, em 1863 foi fundada na Inglaterra a Football Association, fazendo com que se criasse regras para a prática do jogo entre as equipes. Formavam-se assim tabelas, datas dos jogos, ou seja, controlava-se a prática. Os times eram formados pelas fábricas espalhadas pelas diversas cidades do país. Os jogadores destes times eram os próprios funcionários destas fábricas, que disputavam jogos, geralmente nos sábados a tarde (tradição existente até hoje no Campeonato Inglês de Futebol) no dia em que tinham folgas. Muitas pessoas iam assistir esses jogos.
   Geralmente eram também operários das fábricas as quais os times representavam, e também a família e a comunidade desses jogadores. É nesse período que começam a surgir as grandes rivalidades entre os diferentes times das cidades da Grã Bretanha. É nesse momento que surgem as disputas entre o Manchester City e o Manchester United, o Glasgow Celtic e o Glasgow Rangers, e o Arsenal, o Chelsea e o Cristal Palace em Londres . Como podemos perceber, inicia-se neste momento a identificação por parte da população pelos clubes de futebol, seja por razões comunitárias, culturais e até mesmo religiosas. Tal massificação do futebol fez com que o historiador inglês Eric Hobsbawn chamasse o jogo de futebol como "a religião leiga da classe operária".
   Uma questão muito interessante a ser discutida é de que como o futebol conseguiu tanto sucesso entre as massas, e até mesmo entre todas as classes? Qual o motivo de toda essa paixão pelo esporte surgida na Segunda metade do século XIX? Talvez o historiador Nicolau Sevcenko possa nos responder essa pergunta.
   "Assim, num curtíssimo espaço de tempo, o futebol conquistou por completo toda a população trabalhadora inglesa e, em breve, conquistaria a do mundo inteiro. Como entender esse frenesi, esse poder irresistível de sedução, essa difusão epidêmica inelutável? Como vimos, parte da explicação está nas cidades, parte no próprio futebol. A extraordinária expansão das cidades se deu, como vimos, a partir da Revolução Científico-Tecnológica, pela multiplicação acelerada da massa trabalhadora que para elas acorreu em sucessivas e gigantescas ondas migratórias. Nas metrópoles assim surgidas, ninguém tinha raízes ou tradições, todos vinham de diferentes partes do território nacional ou do mundo. Na sua busca de novos traços de identidade e de solidariedade coletiva, de novas bases emocionais de coesão que substituíssem as comunidades e os laços de parentesco que cada um deixou ao emigrar, essas pessoas se vêem atraídas, dragadas para a paixão futebolística que imana estranhos, os faz comungarem ideais, objetivos e sonhos, consolida gigantescas famílias vestindo as mesmas cores."
   Como vemos, o futebol se tornou uma forma de identificação para as massas trabalhadoras das grandes cidades inglesas. Os times se tornaram muito mais do que times, se tornaram um objeto em que as pessoas encontravam o seu igual, encontravam seus objetivos e sonhos, tão arraigados pelo trabalho árduo nas fábricas durante a semana. O futebol faz com que todos saiam ganhando. Tanto as grandes massas, que encontram nele certa identidade, quanto pela burguesia, que o utiliza para regulamentar a sociedade e a massa proletária.
   O século XIX pode ser considerado o século do imperialismo inglês pelo mundo. Assim como o comércio inglês se expandiu pelo mundo, os seus aspectos culturais também. E com o futebol não foi diferente.

AS ORIGENS DO FUTEBOL NO BRASIL

   "Assim é que, no Brasil, recebemos, do berço, o nome, a religião e o clube de futebol, que, juntamente com o sexo e o estado civil, nos acompaharão pelo mundo social que acabamos de entrar" . Como sabemos, o futebol está inserido na sociedade brasileira e também dentro de cada brasileiro. Mesmo daquele que não gosta do esporte tem um time que prefere mais, e sempre torce para a seleção nacional na Copa do Mundo. Desde pequeno todo cidadão brasileiro conhece o futebol, e começa a se inteirar com ele. Mas tudo isso tem uma origem.
   Muito se discute, principalmente na historiografia atual, sobre o surgimento do Football no Brasil. A tese "oficial" é aquela que coloca o filho de ingleses Charles Willian Miller como o patriarca do futebol brasileiro. Em 1894, Miller teria trazido da Inglaterra, onde passara 10 anos estudando, uma bola de futebol, e algumas camisas, e ensinou os sócios do São Paulo Atletic Club (SPAC) a praticarem tal jogo tão difundido na Bretanha. Outras fontes dizem que o Football chegou ao Brasil com marinheiros ingleses em 1872, no Rio de Janeiro . Outros dizem que foram os trabalhadores ingleses das fábricas de São Paulo que trouxeram o futebol. Recentes estudos nos mostraram que o futebol já era praticado no Brasil em diversos colégios pelo Brasil. Em 1880 já se praticava o esporte no colégio São Luiz, em Itu; em 1886 se praticava no colégio Anchieta, no Rio de Janeiro; também no Rio, em 1892, se praticava o "esporte bretão" no colégio Pedro II. A data real do aparecimento do futebol no Brasil realmente não interessa, o que interessa é o caminho que o esporte seguiu no Brasil em seus primeiros anos. Segundo Nicolau Sevcenko o futebol se difundiu por dois caminhos: "um foi dos trabalhadores das estradas de ferro, que deram origem às várzeas, o outro foi através dos clubes ingleses que introduziram o esporte dentre os grupos de elite." . Podemos dizer que Sevcenko tem certa razão. Realmente, podemos perceber, que o futebol no Brasil seguiu estes dois caminhos, mas tais caminhos também se cruzavam. Miller apresentou o futebol à elite paulista, e a sua aceitação foi rápida pelos clubes das diferentes comunidades. Ao mesmo tempo que a elite começava a praticar esse esporte, o futebol se desenvolvia entre a classe operária, tanto no Rio de Janeiro quanto em São Paulo. O futebol se expandiu rapidamente pelo Brasil. Os diversos times dos operários das fábricas iam surgindo na várzea paulista, e os clubes iam adotando o esporte em seus quadros.
   Segundo Waldenyr Caldas "o primeiro grande jogo, aquele que empolgou a platéia, foi realizado em São Paulo, em 1899, na presença de sessenta torcedores(...). de um lado, estava o time formado peos funcionários da empresa Nobling; do outro, os ingleses que trabalhavam na Companhia de Gás, da Estrada de Ferro e do Banco (inglês). No final, um resultado sem novidades: vitória dos ingleses por 1 x 0. . Os clubes de elite começaram a se organizar e a fazer partidas de futebol entre si. Os primeiros amistosos entre clubes surgiram em São Paulo nos anos de 1899/1900, com os clubes do São Paulo Athletic, Germânia(atual E.C. Pinheiros) , Mackenzie e a Internacional, todos com sócios da elite paulistana e de várias origens , como Americanos, Ingleses e Alemães. A partir daí, em 1902, surgiu a Liga Paulista de Football, com apenas cinco clubes, os quatro já mostrados acima mais o C. A. Paulistano. A liga organizou o primeiro campeonato paulista de futebol, cujo campeão seria o São Paulo Athletic que possuía Charles Miller, o responsável pelo futebol no Brasil.
   Ao mesmo tempo que os clubes de elite se organizaram e montaram campeonatos, podemos afirmar que os clubes da várzea, formados por operários das diversas fábricas que se expandiam nas crescentes Rio de Janeiro e São Paulo, começaram a organizar campeonatos entre si também. Porém, as fontes documentais desses jogos, e até mesmo desses "scratches" praticamente não existem, devido a sua característica de serem times pobres. Ao longo do início do século XX irão surgir diversos clubes formados por operários das fábricas no Rio e em São Paulo. exemplos são: o Bangu Atletic Club, no Rio de Janeiro; e os famosos Sport Club Corinthians Paulista e o Palestra Itália, em São Paulo. porém, diversos outros clubes de bairros operários existiam espalhados pelas diversas várzeas da cidade.
   No Brasil, segundo Caldas, o Estado não se opôs a prática do Futebol nos colégios, nem nos locais públicos. Assim fez também a Igreja, que chegava a incentivar a prática do esporte em seus colégios . Isso provavelmente ocorreu, pois a experiência inglesa de proibição do esporte não havia dado certo, além do que, o esporte chegou ao Brasil com todas as suas regras já determinadas, não sendo motivo de preocupação para o Estado.
   As grandes ligas, tanto no Rio de Janeiro quanto em São Paulo continuaram elitizadas até pelo menos a metade da Segunda década do século XX. Entretanto, com a grande difusão que o Football tomou no Brasil, conquistando as massas, as ligas tiveram que aceitar times vindos da várzea em seus quadros.
   Palestra Itália, hoje Palmeiras fundado em 1914. Corinthians, fundado em 1910. São Paulo Atletic Club: o Time de Charles Muller.
   O esporte havia se popularizado de tal forma, que agora não era, como nunca foi tanto, um esporte das elites. Segundo Sevcenko "tal como Londres, a cidade de São Paulo ficou até o final dos anos 20 dividida entre três agremiações arquinimigas, o Paulistano, o Palestra, e o Corinthians. Cada final de Campeonato era como uma guerra civil na cidade" . Os contos de Alcantara Machado ilustram isso.
   Com o tempo, os clubes de elite foram se desligando do futebol, principalmente com a popularização do esporte. Hoje em dia, talvez o único clube que era de elite e que ainda tem o futebol como seu esporte principal seja o Fluminense Football Club do Rio de Janeiro. Com a profissionalização do futebol brasileiro, em 1933, muitos clubes de elite deixaram de praticá-lo em campeonatos oficiais, a exemplo do Clube Atlético Paulistano, maior campeão do período do amadorismo no futebol paulista, com 11 títulos.

CONCLUSÃO

   Como vimos neste trabalho, o Futebol, surgido no século XIX, teve todo um processo de regulamentação para se tornar o que é hoje. Vimos como o esporte foi domesticado na Inglaterra do século XIX. Também vimos que tal esporte é parte essencial na construção da identidade das pessoas e dos diversos grupos. A exemplo disso hoje vemos as enormes torcidas dos clubes espalhadas pelo mundo que se juntam, e de certa forma se identificam, formando um grupo social. Infelizmente, como é comum entre diferentes grupos identificados com objetos diferentes, a situação descamba para a violência. Claro, que tal violência não tem origem apenas na rivalidade futebolística, mas sim em outros fatores, como os problemas sociais, étnicos e até religiosos. Apesar do Futebol ter sido regulamentado, e hoje ser praticado em grandes campeonatos nacionais com regras especificadas por um órgão mundial(FIFA), pensamos que muito daquele esporte popular, original, onde o intuito era a diversão, sem muitas regras, ainda existe. Não uma pessoa sequer que, quando pratica o futebol com os amigos, ou na escola, ou no campo do bairro que muda as regras do jogo e faz as próprias regras que o grupo de jogadores determinada. Quantas vezes não jogamos sem ninguém apitando o jogo; em jogos em que as demarcações do campo não são as mesmas do futebol "oficial". Esse espírito popular, tradicional do futebol ainda existe, em qualquer lugar do mundo.

BIBLIOGRAFIA

CALDAS, Waldenyr. O pontapé inicial. Contribuição à memória do futebol brasileiro. Tese de livre doscência. São Paulo: ECA/USP, 1988.

HOBSBAWN, Eric.  A Era dos Impérios. 1875-1914.  Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001.

RAMOS, Roberto. Futebol: ideologia do poder. Petrópolis: Vozes, 1984.

SEVCENKO, Nicolau.  "Futebol, metrópoles e desatinos" in: Revista USP: Dossiê Futebol. Número 22, 1994.

VOGEL, Arno. "O momento feliz. Reflexões sobre o futebol e o ethos nacional" in: DAMATTA, Roberto (org.) . Universo do futebol. Esporte e sociedade brasileira. Rio de Janeiro: Pinakotheke.

A história do futebol através de imagens

Uma das primeiras bolas de futebol que  se tem conhecimento.

Evolução da bolas de futebol de acordo com a Copa do mundo FIFA

Gravura do século XVIII - Inglaterra

Primeiro campeonato oficial de futebol -Inglaterra

Clube de futebol mais antigo do mundo, sua origem se deu em 24 de outubro de 1857.

O primeiro time de futebol criado no Brasil teve sua origem graças ao jovem alemão Johannes Minnemann. Trata-se do Sport Club Rio Grande, de Rio Grande (RS), fundado em 19 de julho de 1900

Real Madrid- Um dos maiores clubes de futebol na atualidade.



Jogadores de Futebol fazem grande sucesso no mundo, acumulam muito dinheiro e prestigio.

Foto da ultima Copa do mundo FIFA. O maior evento de futebol do mundo.







Grandes construções para a  prática do futebol são feitas no mundo moderno.

Texto " PAIXÃO NACIONAL"



Pesquisador da Unicamp explica o porquê de um esporte nascido na Inglaterra ser tão popular no Brasil :

Nenhum outro esporte mobiliza os brasileiros tanto quanto o futebol, já oficializado como paixão nacional. Este envolvimento sempre intrigou o historiador Leonardo Affonso de Miranda Pereira, professor do Departamento de Teoria Literária da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Afinal, quais foram os fatores que fizeram com que um jogo criado na Inglaterra se tornasse tão popular no Brasil? Pereira respondeu esta questão em sua tese de doutorado, defendida em 1998 que virou o livro "Footballmania. Uma história social do futebol no Rio de Janeiro (1902-1938)". A obra ganhou o Prêmio Jabuti de Ciências Humanas no ano passado. Depois de quatro anos de pesquisa, Pereira identificou pontos que fazem do futebol um esporte especial para o brasileiro: 

Sempre foi popular - Pereira derruba a tese de que, nos primeiros anos do século passado, o futebol era um esporte praticado apenas pela elite. A descoberta, surpreendente, foi feita através da pesquisa em documentos policiais. Isso mesmo. Na época era obrigatório comunicar à polícia o desejo de se criar uma agremiação. "Identifiquei dezenas de pequenos clubes, formados em sua maioria por trabalhadores, que estavam ausentes da história normalmente contada sobre futebol", conta o professor. A explicação desta popularização está na facilidade de se praticar. "Claro que o modo exato de se jogar - com campo de tamanho correto, grama à determinada altura, bola com peso ideal - o torna um esporte caro. Mas os clubes pequenos jogavam como podiam", relata Pereira. O historiador lembra que os esportes em voga na época (remo e corrida de cavalos) eram excludentes pois exigiam dinheiro e estrutura. "Na rua, até uma laranja servia como bola para quem quisesse jogar futebol. E assim, era no qual os torcedores também eram jogadores". 

Representação nacional - Em 1934, pela primeira vez, um atleta negro, Leônidas Silva, é convocado para jogar uma Copa do Mundo. Esta "permissão" da elite, que até então mantinha negros e afro-descendentes longe dos gramados oficiais, nasce de uma mudança de mentalidade com relação à formação cultura híbrida do povo brasileiro: a mistura de raças passa a ser vista não mais como um problema e um fardo, mas sim como uma vantagem. O auge dessa mudança se dá com a publicação, em 1933, de "Casa Grande e Senzala", de Gilberto Freyre, que defende essa positividade. "É justamente por ocasião da Copa de 1938 que o sentimento nacional se consolida em torno do futebol. Algumas imagens também se cristalizam em relação a ídolos negros, como o próprio Leônidas da Silva e também Domingos da Guia. Ou seja, o conjunto da população passa a se identificar com uma seleção mestiça", afirma Pereira. 

Convicção de que o Brasil joga "o melhor futebol do mundo" - É em 1938 que se enraíza no país o sentimento de que brasileiro joga futebol de uma maneira diferente. "Acredita-se que o Brasil tem ginga, tem o futebol malandro, que valoriza o drible e que o diferencia de todos os outros países", diz o pesquisador. "Esta crença ainda existe. Na última copa, o Brasil ficou em segundo lugar na competição - colocação que seria motivo de festa para qualquer outro país - mas aqui sentimos como uma tragédia nacional". 


COMENTÁRIO SOBRE “PAIXÃO NACIONAL” 

Com base no texto lido em sala de aula, podemos concluir que o futebol é, sem sombra de dúvidas, a maior paixão do Brasil. 
O futebol  se tornou mundialmente famoso pelo fato da facilidade de acesso a ele. Hoje em dia, qualquer pessoa pode conseguir uma bola, ou até outro objeto redondo e praticar esse esporte desde criança. Além disso o  Brasil é um país que tem muitas famílias de classe baixa e para as crianças mais pobres, o único meio de diversão nas comunidades é o esporte. E esse esporte é o futebol.
Mas acima de tudo acho que se o futebol se tornou uma parte de nós brasileiros, parte de nossa cultura, nossa arte, nosso jeito, de nossa nação pois o futebol desde a sua origem, desde quando chegou aqui no Brasil foi o esporte com a maior facilidade de pratica, pois para pratica-lo basta ter alguém com vontade de joga-lo, pois é tão fácil que dá até para jogar sozinho, e não precisa ser necessariamente com uma bola de futebol ( profissional ou não), pode ser com qualquer coisa que dê para chutar. ( risos)
Além disso se nós olharmos para os grandes clubes, não só no Brasil, mas como no mundo inteiro, em qualquer clube grande, tem pelo menos um brasileiro jogando. E na maioria dos casos, esse jogador brasileiro é a estrela do time. Esse e outros fatores fez o nosso futebol, a nossa paixão nacional, ficar famosa pelo mundo inteiro. 
E é por essas e mais razões que o Futebol é hoje sem sombra de dúvidas a maior paixão nacional dos brasileiros.

ÁFRICA DO SUL ALÉM DA COPA









                       Francisco Bicudo









As escolas começam a pensar em como reorganizar as atividades para que professores e alunos possam acompanhar os jogos da seleção brasileira. O álbum de figurinhas que traz os astros das diversas seleções participantes do Mundial transformou-se em verdadeira febre, e os cromos são trocados freneticamente em ambientes de trabalho, nas áreas livres de universidades, em bares e restaurantes. Nas mais diferentes rodas de conversa, aliás, discute-se com toda a propriedade – e há argumentos para todos os lados – se Neymar, Paulo Henrique Ganso e Ronaldinho Gaúcho devem ou não ser convocados pelo técnico Dunga. Em tempo: o mistério será desfeito no próximo dia 11 de maio, uma terça-feira, às 13 horas, quando será divulgada a convocação oficial do Brasil. Emissoras de televisão exibem reportagens especiais sobre a Copa, jornais impressos trazem entrevistas e perfis de alguns dos craques que poderão se transformar em protagonistas da disputa. Na internet, começam a ser feitas as apostas, os tradicionais “bolões”. Quem vai ser mesmo o campeão? O artilheiro? Na Europa, os campeonatos chegam ao fim, com os clubes mais poderosos do planeta liberando jogadores das mais diferentes nacionalidades – é assim que funciona a babel globalizada futebolística – a se apresentarem às suas seleções. “A África do Sul conseguiu avançar bastante após o fim do apartheid, nas áreas de habitação, fornecimento de energia, saneamento básico, políticas de cotas e de empregos, diminuição do analfabetismo. O mercado de trabalho local é capaz de absorver uma significativa mão-de-obra negra, que forma uma classe média representativa. Na esfera política, há esforços nacionais institucionalizados que privilegiam tolerância e negociação e uma legislação bastante específica que rompe efetivamente com o histórico de segregação”, avalia Leila Maria Gonçalves Leite Hernandez, professora de História da África da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP). 


Desigualdades permanecem 











Ela ressalta, no entanto, que muitos problemas e desigualdades ainda permanecem. Cita como exemplo a dificuldade e a lentidão na distribuição das terras, que historicamente estiveram concentradas nas mãos da minoria branca, e revela que essa situação não foi modificada. “É uma questão séria e que permanece. Pouco se pôde fazer. Há uma resistência interna enorme à reforma agrária, estabelecida pelos fazendeiros e grandes proprietários, além da pressão do sistema internacional e do grande capital, com quem, nesse caso, os governos pós-apartheid se alinharam”, explica Hernandez, que é autora de A África na Sala de Aula (a 2ª edição, de 2008, foi atualizada).
O mundo, enfim, já acionou o cronômetro da contagem regressiva e começa a respirar, cada vez mais intensamente, os ares da Copa do Mundo da África do Sul – a primeira disputa a ser travada em continente africano. A bola começa a rolar, em 11 de junho, às onze da manhã, no estádio Soccer City, na cidade de Johanesburgo, na partida que reunirá a seleção anfitriã e o México. Mas, para além do espetáculo proporcionado pelo futebol, qual será a África do Sul que o mundo terá a oportunidade de conhecer? Qual a realidade atualmente vivida pela nação que durante quase meio século, de 1948 a 1990, viu-se diante do domínio institucionalizado do regime de apartheid, que defendia a supremacia branca e a segregação racial? “É um país animado com a perspectiva de receber um evento com dimensão planetária. A realização da Copa representa para os sul-africanos uma espécie de conquista nacional, pois significa a reinserção digna e legítima do país no cenário internacional”, diz Valdemir Donizette Zamparoni, professor do Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Estudos Étnicos e Africanos e do Centro de Estudos Afro-Orientais da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Ao mesmo tempo, destaca o pesquisador, aqueles que estiverem dispostos a um olhar mais crítico e não apenas a ver futebol conhecerão uma nação ainda marcada por tensões e distorções sociais, apesar das conquistas. Em 2009, o Produto Interno Bruto (PIB) da África do Sul, segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), era de 277 bilhões de dólares (para efeito de comparação, o do Brasil chegou a um trilhão e quatrocentos trilhões; o do Japão, a cinco bilhões; e o dos Estados Unidos, o maior do mundo, a 14 trilhões de dólares). Também no ano passado, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH – medido pela Organização das Nações Unidas, a ONU, considera educação, saúde e padrão de vida) atingiu 0.683, número que colocava a África do Sul em 129º lugar no ranking mundial (o Brasil alcançou 0,813, ficando na 75ª posição). Segundo Leila, 15% a 20% da população concentram quase 40% da renda, enquanto 30% a 35% acumulam 15% das riquezas; oito em cada dez sul-africanos não encontram emprego. “Dos 35 milhões de cidadãos sul-africanos negros, somente cinco mil ganham mais do que sessenta mil dólares por ano. O número de brancos nessa faixa de renda é vinte vezes maior, e muitos ganham muito mais do que essa quantia”, escreve a jornalista canadense Naomi Klein, em “A Doutrina do Choque”. “Nas áreas rurais, 60% dos negros não têm ocupação. O número de pessoas que sobrevive com menos de um dólar por dia duplicou nos últimos vinte anos. Um terço da população continua sem saber ler ou escrever. O índice de repetência atinge 70% das crianças negras”, complementa a repórter Daniela Pinheiro, na reportagem “Diamantes Negros”, publicada pela edição de abril da revista Piauí. Para muitos críticos do projeto adotado pela África do Sul logo após o fim do apartheid, como a própria Naomi Klein, o cenário atual de exclusão e de mazelas sociais seria o resultado da adoção de políticas neoliberais, como privatizações, achatamento salarial e perseguição aos sindicatos. Zamparoni lembra que o Congresso Nacional Africano (CNA), partido formado pela maioria negra e no poder desde 1994, quando foi realizada a primeira eleição multirracial do país, não era uma agremiação monolítica; ao contrário, sempre foi uma grande frente, capaz de acomodar várias correntes ideológicas e tendências, desde marxistas e socialistas até setores mais liberais. O pesquisador diz que foi uma vitória sair do apartheid, em clima de extrema tensão, sem um banho de sangue. “Essa transição se deu em condições muito específicas, e não havia qualquer possibilidade de pensar na chegada ao poder da maioria negra e ao mesmo tempo implantar reformas socialistas. A mudança econômica negociada teria de se dar mesmo no campo liberal”. “Não me sinto à vontade para usar a expressão neoliberal, porque penso que seja imprecisa. Mas as negociações lideradas pelo Nelson Mandela sempre apontaram na direção de uma não ruptura com o capital. Não havia ilusões”, completa Leila. 

Mudanças econômicas e sociais 
O professor da UFBA admite que a partir de 1994 o ritmo de crescimento do país diminui. Mas ressalta, no entanto, que há também uma visível disposição do governo em inverter prioridades na alocação de investimentos, que passam a ser redirecionados, deixando de atender apenas à minoria branca para beneficiar a população excluída, principalmente nas áreas de habitação e saneamento. “Mas é preciso mais do que uma década e meia para que os impactos desse movimento possam ser sentidos”, completa.
Esse novo contexto histórico teria sido responsável por abrir espaço para o surgimento de “uma nova elite negra”, os chamados “diamantes negros”, como destaca a reportagem de Daniela Pinheiro, na Piauí. A professora da FFLCH/USP manifesta desconforto em relação a essa expressão, que considera simplificadora e banalizadora das questões da África. Ela diz que, claro, as elites negras substituem as elites coloniais no exercício do poder, formando governos de maioria negra. E, à frente das administrações públicas, vão cometer erros, desmandos e exageros, mas também acertos. “O problema é que as críticas vão invariavelmente recair sobre os erros, como se tudo que está na África devesse ser condenado. É uma visão unilateral da história africana”, lamenta. Ela cita a própria transição pacífica liderada por Mandela, feito que poucos vislumbravam como possível, como exemplo de vitória, em um processo de negociação em que as elites negras foram protagonistas. “E aí, como ficamos nesse caso?”, questiona. A pesquisadora também pede cuidado e serenidade na repetição da tese que diz que os negros acabaram por criar um racismo às avessas. A expressão, criada pelo filósofo francês Jean-Paul Sartre para compreender o pan-africanismo dos anos 1950 e 60, que desempenhou papel fundamental nos movimentos nacionalistas e por independência na África, seria agora retomada com outra conotação – uma postura revanchista pós-apartheid. Para ela, esse sentimento coletivo de vingança não existe, embora ações pontuais e conflitos isolados envolvendo brancos e negros por vezes se concretizem, como no recente episódio do assassinato do fazendeiro branco Eugene Terreblanche, líder do Movimento de Resistência Afrikáner, morto a machadadas por trabalhadores rurais negros, no início de abril. “A África do Sul não é a perfeição, a terra da igualdade. Mas não acho que possamos assumir ideologicamente essa análise que advoga que ‘os negros chegaram ao poder e agora vão perseguir os brancos’”, avalia Leila. Zamparoni complementa o raciocínio e lembra que há disputas específicas que se misturam com mágoas e dívidas ancestrais. “Nessas situações, é difícil a questão racial não vir à tona. A memória do apartheid ainda é muito viva no país”, diz, para imediatamente completar: “Mas não é a maioria. E o caminho da intolerância nunca deve ser elogiado”. O professor da UFBA comenta duas outras mazelas que marcam a realidade contemporânea política e social da África do Sul: a corrupção e a epidemia de Aids. Sobre a primeira, ele diz que é uma prática que vem à tona por conta da chegada ao poder, depois de longo período de luta, de um grupo que jamais havia feito parte da administração pública, e que acaba se deslumbrando com a perspectiva de abocanhar o máximo possível, no menor espaço de tempo. “Também não é exclusividade da África do Sul, mas característica marcante desses processos de mudança. Veja só a Rússia. Com a queda do projeto socialista, sobe ao poder uma camada social que rapidamente se transforma no que há de mais voraz em termos de acumulação imediata de capital”, compara. Com relação à Aids, que afeta mais de quatro milhões de sul-africanos, segundo a Unaids, o pesquisador explica que é preciso considerar a questão a partir de uma perspectiva cultural. Segundo ele, para os sul-africanos, é importante ter família grande, muitos herdeiros, o que enraíza a convicção de que manter relações sexuais com preservativo não é adequado. “A urbanização acelerada pós-apartheid criou certo deslumbramento, uma euforia por poder vivenciar esse novo mundo, o que acaba por incentivar a prostituição, maior promiscuidade e o surgimento de um mercado propício para o sexo fora da família”, diz. Os dois pesquisadores brasileiros garantem que é possível pensar sem sustos ou receios em uma África do Sul pós-Nelson Mandela. Garantem que as instituições no país estão consolidadas e que as disputas e tensões em andamento fazem parte da democracia. Zamparoni define o líder sul-africano como um gênio político, que amadureceu durante os quase 28 anos (1962-1990) em que esteve preso e que conseguiu liderar uma transição pacífica e negociada. “Sem ele, não haverá retrocesso, retorno à violência explícita”, reforça. Para Leila, a melhor palavra para definir Mandela é coerência. “Foi sempre muito fiel à luta por liberdade, à sua base social de apoio e aos interesses da maioria da população. Ajudou a construir instituições sólidas, capazes de continuar essa caminhada, mesmo sem a presença dele”, destaca a professora da USP. 
A Copa do Mundo, aliás, poderá também cumprir um pouco desse papel de cimentar a unidade nacional. O filme Invictus, dirigido por Clint Eastwood e estrelado por Morgan Freeman e Mat Damon, ambientado na mesma África do Sul e que recentemente esteve em cartaz no Brasil, é um exemplo evidente de como o esporte ajuda a suplantar ódios e revanchismos. Isso sem falar nas potenciais consequências benéficas para a economia (obras, infra-estrutura, empregos, rede de serviços, turismo). “O que vai ficar? Qual será o rescaldo? Se vai ter continuidade? Não sabemos”, diz Leila. Zamparoni alerta: “Claro que o Mundial ajuda. Mas só o circo não é suficiente. É preciso pensar no pós-Copa, na melhoria contínua das condições de vida da maioria da população.”.





COMENTÁRIO SOBRE “ÁFRICA DO SUL ALÉM DA COPA” 

Com base no texto “ÁFRICA DO SUL ALÉM DA COPA”, podemos concluir que mesmo depois do fim do apartheid, ainda existem as desigualdades sociais e muitos problemas econômicos no país. Há todo momento crianças, adultos, familias inteiras estão famintas, pessoas morrem de fome, não possuem ao menos saneamento básico, além disso a desigualdade de renda é enorme, um dos fatores que contribuem muito para o atraso do pais.  Muitos países se candidatam para sediar para a copa para resolver problemas econômicos, e essa pode ser umas das vantagens para a África do Sul, pois todos nós sabemos o grande volume de investimento que rola por de trás de um Copa, então se um pais consegue a chance de sediar uma Copa do mundo consequentimente ele terá grandes chances de ajeitar sua situação econômica e sua imagem perante ao mundo.
 Muitos estão com um pé atrás com a África do Sul por ela ser um país de terceiro mundo. A África do Sul pode não ter sido campeã, mas ela foi campeã no desempenho ao sediar um evento tão importante como a Copa do Mundo.